terça-feira, 30 de setembro de 2008

Pintando a minhoca!

Está aí uma boa idéia para colocarmos em prática e acabarmos com dois problemas: a degradação do patrimônio público e a "feiura" de algumas obras de arte espelhadas pela cidade (sim, pois uma ponte e/ou viaduto também é considerado "obra de arte").

Minhocão terá uma 'galeria de grafite' de artistas... pra ficar melhor ainda é necessário revitalizar as ruas do entorno, melhorar o tráfego, a limpeza, dar melhores condições e oportunidade para as pessoas que vivem na rua (e utilizam o elevado como casa), diminuir o trânsito e melhorar o transporte, além, claro, da segurança e iluminação.

Até.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Minha cidade, meu rio!!!

Hoje é um dia especial! Não, não estou falando do início da Primavera ou o fato de ser segunda-feira de trânsito recorde. Muito menos é aniversário de um amigo ou familiar querido. Vai muito além disso, mas passa desapercebido pelo restante da população, presa em seu corre-corre semanal, hoje é dia do Rio Tietê.

É inevitável para o morador da Região Metropolitana de São Paulo (Ou, simplesmente, pessoas em passagem pela RMSP.) cruzar, avistar, ou "sentir" o grande rio que cruza (meio que de lado, discretamente) a Bacia de São Paulo, aliás, onde ele é o rio principal. Da janela do escritório onde trabalho, em Alphaville, o vejo, largo, negro, quase parado (Bem. Não tão parado quanto seu irmão mais novo, o Pinheiros.).

O Tietê é um senhor sábio! Escolheu seguir para o interior mais ou menos quando nos separamos da África. Viu índios, portugueses, espanhóis, japoneses, italianos, brasileiros e muitos outros povos convivendo, comercializando, se desenvolvendo e o maltratando, e ficou calado!

Em que pé anda o Projeto Tietê?! Aquele símbolo mor de que o "brasileiro não desiste nunca" (Ao menos no sonho de ver o Tietê novamente limpo.), lar de ratos e capivaras (Agora com "jardim e pomar"!) e o ralo de dinheiro (internacional) para uma despoluição que nunca acaba. É o preço que pagamos por não pensar no futuro, num tempo em que a popularidade das empresas se baseava somente em quanto de mercado ela tinha e não no quão ecologicamente correta ela era! Uma obra Faraônica que consome tempo, recursos e paciência!

Dirigindo pela Via Expressa da Marginal Tietê, próximo a Ponte das Bandeiras, avistávamos uma escultura representativa de mais uma etapa concluída do projeto, avistávamos, pois parte dela não existe mais! Será que está esquecido?!


Retirado de Rosa Choque

No mais, novamente o Governo do Estado vai aos bancos pedir recursos para outra etapa (a Terceira) e problemas nos cronogramas atrapalham o processo...

Além de caro e trabalhoso, os resíduos retirados dos rios, em projetos de despoluíção, devem ser armazenados com todo o cuidado, pois são inúteis e tóxicos. Contudo a simples idéia do Projeto Tietê, nos anos 90, já semeou nos paulistanos a consciência ecológia e a cobrança para indústria e governos que devam ser compromissados com a sustentabilidade, palavra da vez na Eco92 (Alguém de lembra disso?!).

Até.
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PS.: Mais AQUI.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Minha querida são paulo


Postado por Fabrício Romano

As curvas de São Paulo são a mistura de tendências arquitetônicas que marcaram períodos importantes da história do Brasil. Dos arranha-céus dos anos 20 ao estilo modernista a partir da década de 30 e o pós-moderno. Hoje predominam os edifícios espelhados e com característica futurista.



A gigante metrópole também ama o verde. A cidade possui 52 parques e áreas verdes, abriga a maior floresta urbana do mundo, o Parque da Cantareira, com uma área de 136 mil m² e uma das mais belas vistas da cidade.



Berço da industrialização brasileira e capital econômica do País, São Paulo detém o maior pólo de negócios do Brasil e América Latina. Não à toa a imagem típica do paulistano é a do executivo, pasta na mão e quase sempre apressado.



Na gigante metrópole é possível adquirir quase de tudo, de objetos antigos a aparelhos de última geração, da moda casual do dia-a-dia às grandes grifes internacionais, dos artesanatos de rua às obras de arte de grandes mestres nas mais requintadas galerias da América, do carro popular às máquinas de sonho, como Ferraris e Porsches, do escargot francês às legítimas azeitonas portuguesas.



Uma hora a gente cansa ou fica velho demais pra acreditar que as paisagens e os barezinhos compensam a péssima qualidade de vida. Eu, pelo menos, cansei de acreditar.

sábado, 13 de setembro de 2008

Metrópole

Postado por Vanessa Marques

São Paulo.
Hospício a céu aberto,
Loucura ministrada cotidianamente...
Dosagem: 4 horas de trânsito diário,
De Leste a extremo Sul.
Entre um e outro,
O infinito de semáforos indiferentes à nossa pressa,
E de luzes vermelhas à minha frente.
Pés no freio.
Um pássaro cortou o céu displicentemente
(Primeiro sinal de liberdade desta tarde acinzentada)
Suspiros e um olhar de relance para os lados,
Vidros escurecidos,
Visão escurecida.
Olhos fixos no caminho ainda não vencido
E no radar indiscreto pronto a punir minha urgência de viver.
Outro suspiro quase conformado.
O pássaro já deve estar em seu ninho e eu,
120 metros a frente,
Uma vida pela frente,
O infinito vermelho à minha frente...

(Uma flor rompeu o asfalto,
destemida e ingênua
Sem saber que encontraria além de nuvens de fumaça
A cruel indiferença humana)

A mesma mulher passa por mim todos os dias:
_Olha a água, suco, refrigerante!
_ Moça, tem porção de paciência?
(risos)
_ Vixi minha filha, essa acabou faz tempo! Quem sabe amanhã...

Sábia mulher.
Amanhã...quem sabe amanhã...

Por hoje me bastam os membros doloridos
Pelas muitas sirenes exigindo passagem,
Pelo mar de motoboys exigindo passagem
Pela infinidade de pedestres exigindo passagem...

Amanhã...quem sabe amanhã...